Criado em 2007, o grupo sempre procurou desenvolver espetáculos com profundidade conceitual e filosófica. A marionete de fios, a relação do ator com o boneco e o Teatro Visual são seus principais focos. Na construção contínua de sua identidade, o Pigmalião busca o reconhecimento do teatro de bonecos na produção artística contemporânea.
Bira e Bedé são irmãs gêmeas idênticas no semblante e opostas em personalidade, aparentam estar sempre à espera de algo ou alguém que nunca chega. Já em idade avançada, flanam pela cidade procurando e inventando atividades para preencher o tempo do seu cotidiano tedioso. A interação com quem elas se encontram surge ora como um alívio, ora como reflexo da incapacidade delasde se separarem. Apesar de seus semblantes pouco convidativos e de suas enormes estaturas, elas se esforçam para se integrarem à multidão.
Direção e concepção plástica: Eduardo Felix
Direção de cena: Igor Godinho
Construção dos bonecos: Eduardo Felix, Evandro Serodio, Taís Scaff, Aurora Majnoni e Liz Schrickte.
Elenco: Aurora Majnoni e Liz Schrickte
Costureira: Maria Guiomar
Seu Geraldo é um violeiro e cantor de setenta e três anos. É uma figura singular que gosta de falar com a sua platéia sem barreiras, sobre o assunto que a ocasião mandar. Faz seu show ao lado da namorada Dona Catarina, de oitenta e um anos, e Ana, sua irmã. Os três relembram músicas antigas e sempre surpreendem pela escolha deu seu repertório e pelo teor inesperado até de suas conversas mais triviais. Seriam três idosos como outros tantos, não fossem eles marionetes de fios esculpidas em madeira absolutamente conscientes de que são seres humanos normais, com os mesmos direitos e deveres de qualquer cidadão.
Concepção e interpretação: Eduardo Felix.
Construção: Eduardo Felix e Taís Scaff.
Violão e arranjos: Marcos Costa.
Figurinos: Maria do Céu Viana.