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JUN
01
01 JUN 2019
CULTURA
Serro se mobiliza para a tradicional Festa do Rosário
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Uma das mais autênticas manifestações de fé, tradição e cultura popular do país, a Festa do Rosário se confunde com a História do povo brasileiro. Em Minas, a cidade de Serro se destaca na perpetuação desta celebração tipicamente brasileira.

A Festa do Rosário está na raiz cultural serrana. A população, consciente da importância de preservar esta herança para as gerações futuras, pobres e ricos, poderosos e humildes, se unem na fé e nas tradições populares, numa belíssima narrativa alegórica da história dos povos que formaram a nação brasileira: O índio, o português e o africano.

Igreja, fiéis, moradores, o comércio, a sociedade organizada, órgãos públicos, intelectuais e visitantes concentram esforços e voluntariedade para esta celebração, a cada ano mais colorida, mais perfeita e mais bonita.

Tradicionalmente realizada no primeiro domingo de julho, este ano, a Festa do Rosário acontece entre os dias 04 de julho e 08 de julho, tendo a novena início no dia 28 de junho. Mas, a preparação do espírito de fé da festa tem início na semana anterior, na Novena a Nossa Senhora do Rosário.

Os visitantes se maravilham com o festival de cores, música, ritmos e danças. Mas, muitas vezes, desconhecem os ricos detalhes por trás destas manifestações, que percorrem séculos de História.

Origens católicas

O uso do Rosário remonta ao ano de 1096. Foi proposto por "Pedro, o Eremita", monge católico francês, um dos principais pregadores das Cruzadas, para difundir o hábito da oração entre os fiéis. Daí, a devoção a Nossa Senhora do Rosário.

Porém, a alegoria da festa se refere a fatos históricos posteriores trazidos pelos colonizadores portugueses. Uma parte importante da festa é a narrativa da batalha naval de Lepanto, na Grécia, quando, em 07 de outubro de 1571, os cristãos venceram os mulçumanos, sob a proteção da Virgem do Rosário, apesar da grande desvantagem em número de combatentes.

A lenda

A lenda narrada na Festa do Rosário diz do aparecimento milagroso de Nossa Senhora do Rosário sobre as águas do mar.

Os portugueses, representados pelos Marujos, pediram à Rainha dos Mares que viesse à terra firme, mas não foram atendidos. Os índios, representados pelos caboclos, também rogaram à Virgem do Rosário que ela se chegasse a eles, sem sucesso.

Somente quando os catopés, que são os negros trazidos escravos da África, tocaram seus instrumentos, dançaram e rezaram, a Virgem aportou em terra. Por esta razão, a soberana senhora se tornou a protetora dos negros passando a ser chamada de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Uma clara afirmação de identidade da cultura banto no Brasil. Uma espécie de consolo das duras condições de vida deste povo, apartado de sua cultura tradicional, trazido à força para o Brasil como mercadoria e mão-de-obra escrava.

Entenda o roteiro da festa

Além da Novena, que antecipa em oito dias as celebrações, a festa em si tem início na madrugada de sábado. Um grupo de músicos composto por três flautas de bambu e duas caixas de couro, chamado “Caixa de Assovio” percorre as casas ao encontro dos festeiros e mordomos. Às 5 horas da manhã, o cortejo se dirige à Igreja do Rosário e bate várias vezes à porta solicitando permissão para entrar no templo e dar início à festa.

Ao final das orações na igreja, os fiéis se dirigem à casa dos festeiros, onde são recebidos com farta quitanda de caldos, carnes e bebidas, inclusive a “Cachaça do Rosário”.

Ainda no sábado, os membros dos folguedos e os devotos tomam a bandeira de Nossa Senhora na casa do mordomo. Aí, acontece o desfile da marujada, dos caboclos e dos catopés, cada qual com suas roupas e ritmos característicos. Compondo a coreografia, o Boi do Rosário faz a alegria da meninada. À noite, junto à queima de fogos, é realizada a cerimônia de hasteamento do Mastro, um espetáculo inesquecível.

Na manhã de domingo, celebra-se a missa de coroação do Rei e da Rainha do Rosário e acontecem as encenações da Barca e da Embaixada. Uma linda expressão do imaginário de poder da cultura africana, subjugada pelos brancos.

Os desfiles começam cedo e se estendem por todo o dia, até a noite. Os primeiros são os marujos vestidos de uniformes branco e azul, com vozes e instrumentos em ritmos que emocionam os assistentes.

Em seguida, desfilam os caboclos, com ornamentos de penas ricamente coloridas e flechas, que se transformam em instrumentos de percussão, acompanhados por sanfona, caixas e reco-reco, imprimindo um ritmo acelerado às danças com movimentos rápidos e violentos.

Os catopés, considerados na festa como superiores hierárquicos, desfilam por último. O ritmo dos catopés é mais lento, ao som de flautas, que lembram o som do lamento dos escravos nas senzalas. Ricamente vestidos, eles conduzem, solenemente, o rei e a rainha, acompanhados dos juízes e de celebridades do Reinado. No final da tarde, a população e visitantes acompanham a procissão e a coroação de N. Senhora do Rosário.

Durante todo o domingo e na segunda-feira, o Reinado e os grupos de Congado circulam pelas ruas, visitam as casas dos Festeiros, comem, bebem, fazem evoluções e movimentam toda a cidade cantando e encantando moradores e visitantes. Na segunda-feira, dá-se posse ao novo Reinado e são repetidos os desfiles em homenagem a Nossa Senhora.

Ao fim do dia acontece a emocionada despedida dos dançantes e fiéis. Renovam-se os agradecimentos, os pedidos e as promessas, com a intenção de retornar no ano seguinte. Em todos os dias da festa, barraquinhas montadas no entorno da Igreja do Rosário vendendo de tudo, completam a festa e são uma atração turística à parte.

A Festa do Rosário, promovida pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, Associação dos Congados da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e condução espiritual dos sacerdotes Católicos, é um espetáculo imperdível de fé e tradição. 

A celebração mobiliza, há anos, praticamente, toda a população serrana. Seu sucesso passa também pelo trabalho dedicado e responsável da Prefeitura de Serro e suas secretarias, coordenado pela Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio.

A comunidade de Serro, carinhosamente, perpetua esta festa, que se tornou uma das mais autênticas expressões da cultura religiosa popular no Brasil. Por isso, encanta os visitantes.

Hino a Nossa Senhora do Rosário da Irmandade do Serro

Senhora do Rosário, Virgem Santa milagrosa,

Livrai-nos das ciladas / de ter vida pecaminosa.

Mãe de Jesus / dai-nos a “graça” de sofrer

Mesmo carregando a minha cruz / desejo viver.

E vivendo a orar / contrito pedindo a salvação

Para os pobres pecadores / que caírem em tentação.

Senhora do Rosário / Virgem Santa milagrosa,

Livrai-nos das ciladas / de ter vida pecaminosa.

Mãe de Jesus / dai-nos a “graça” de sofrer

Mesmo carregando a minha cruz / desejo viver.

 

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Fé, cultura, tradição e emoção!

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