Quilombo eram aldeias que refugiavam os escravos que fugiam das fazendas e casas de família. É um termo de origem angolana. Os escravos iam para os quilombos para não serem encontrados, pois onde eles viviam eram sempre explorados e sofriam maus-tratos.Os quilombos eram aldeias que ficavam escondidas nas matas, em lugares preferencialmente inacessíveis, como o alto das montanhas e grutas, e era onde então os escravos se reuniam e conseguiam levar uma vida livre. As pequenas aldeias eram também chamadas mocambos, e tanto eles como os quilombos duraram todo o período da escravidão no Brasil.O termo quilombo, originalmente era utilizado apenas para chamar um local utilizado por populações nômades, ou então pequenos acampamentos de comerciantes, e com o início da escravidão, os escravos adotaram o termo para o lugar que eles fugiam. Foi no Brasil que o termo ganhou o sentido que tem atualmente.Um dos quilombos mais famosos foi o Quilombo dos Palmares, que ficava na então capitania de Pernambuco, atualmente o estado brasileiro de Alagoas. Esse quilombo recebeu esse nome pois um escravo chamado Zumbi foi o grande líder da aldeia. A Fundação Palmares, sede em Brasília, reconhece e registra estes povoados. Em 08 de agosto de 2012 a Fundação Palmares reconheceu estas comunidade como remanescentes de quilombos pertencentes ao Patrimônio Afro-Brasileiro.
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Quilombo Baú |
A comunidade quilombola do Baú localiza-se no município de Serro, na região do Vale do Jequitinhonha a 25 km da cidade sede. Possui luz elétrica, escola infantil e uma escola municipal com ensino fundamental até o 5° ano. A comunidade mantém parentesco com os moradores do quilombo de Ausente. Há relatos que eles seriam de origem banto, da região centro-sul do continente. Na comunidade há evangélicos e católicos. No dia 19 de setembro é comemorada a festa de N.S.do Rosário no distrito de Milho Verde da qual eles participam. Alguns moradores ainda falam frases em banto originadas da matriz africana e entoam cânticos em Vissungo ao velar mortos e nos trabalhos na roça . Mantêm ainda outros rituais típicos da cultura. São exemplos de palavras do dialeto de moradores da comunidade: angoró(cavalo), omana(falta de roupa), n'gaiazambi(Deus), mavu(cemitério), pipoque(feijão), massambi(arroz), calunga(água), apungo(fubá), otita(noite), oteta(dia), caimina(moça nova), macuco( mulher velha) e n'jará(fome). Delimitam a área a Mata Atlântica, cerrado e campos preservados.
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Quilombo Ausente |
A comunidade quilombola do Ausente ou do Córrego do Ausente localiza-se no município de Serro, na região do Vale do Jequitinhonha. A comunidade é dispersa e está subdividia nos lugares denominados Papagaio, Massangana, Ausente de Cima e Ausente de Baixo. Fica a 3km do distrito de Milho Verde. Possui luz elétrica, escola infantil e uma escola municipal com ensino fundamental até o 5º ano. Os habitante do Ausente se originaram da comunidade do Baú situada em Serro na encosta do Espinhaço. São de origem Banto, da região centro-sul do continente africano. As duas comunidades, Ausente e Baú, matêm parentesco cultural. Há evangélicos e católicos. Guardam tradições e no dia 19 de setembro comemoram a Festa de N.S. do Rosário rainha dos homens pretos. Algumas palavras presentes no vocabulário da comunidade de Ausente: angoró(cavalo), omana(falta de roupa), n'gaiazambi(Deus), mavu(cemitério), pipoque(feijão), massambi(arroz), calunga(água), apungo(fubá), otita(noite), oteta(dia), caimina(moça nova), macuco( mulher velha) e n'jará(fome). |
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Quilombo Vila Nova |
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Quilombo Queimadas |
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Quilombo Fazenda Santa Cruz |
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